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Psicopinto
Psicopinto
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Oportunidade x Talento no fantasy basketball Empty Oportunidade x Talento no fantasy basketball

24/8/2017, 11:41
Um erro recorrente entre managers de fantasy é se basear muito no que assistem na TV/Youtube/etc na hora de escolher um jogador no draft, e esquecer de avaliar qual será a oportunidade destes jogadores de realmente contribuírem para os números do teu time. Fantasy não é basquete, fantasy é um jogo de números. Quem acumula nros melhores, ganha. Pura e simplesmente isso.

Não há espaço para mecânica de arremesso, jogo de pés, atletismo, enterradas, clutch plays. Isso não faz número. Rookies geralmente não tem tempo de quadra suficiente, por mais talentosos que sejam. E só devem ser considerados em casos muito específicos onde claramente ele já entra como titular (Lonzo Ball, Fultz). Ou para investimento no futuro no caso de ligas do tipo dinastia. Sabendo que ele não será útil na primeira, e muito possivelmente na segunda temporada.

O stat mais importante neste estágio (montar o time) é tempo de quadra. Seguido de entender a role do jogador no time.

Tempo de quadra: Menos de 28 minutos por jogo, já começa a ser uma preocupação. Ao menos para os 10 melhores jogadores do teu time numa liga de tamanho médio (12~16 times). Este cara é geralmente um titular, ou um sexto homem muito ativo. Mesmo no Spurs. São raríssimos os casos de jogadores com mais de 28 minutos em quadra que não valem a pena draftar. Da temporada passada, eu colocaria Brandon Ingram e Somolon Hill como exemplos.

Role: Entender qual será o papel do jogador no time te salva de algumas armadilhas. Dellavedova foi por boa parte da temporada passada titular com bom tempo de quadra nos Bucks. Mas não passava de um PG backup do grego com algum potencial defensivo. Embora possa ser importante para o time na vida real, para fantasy este tipo de jogador contribui muito pouco. Ainda assim, com mais de 28 minutos em quadra, ele vai te dar aquela 1 stl e 3 assistências por jogo que podem fazer o diferença no final de um matchup.

O exemplo mais claro de oq tu vê na TV que não se traduz exatamente para o fantasy é o Westbrook MVP incontestável da temporada passada. PELO AMOR DE DEUS, jamais diria que ele é ruim para fantasy. É ótimo, primeiro round de draft com certeza. Mas não é top 5. Como isso? Como ele pode estar atrás de Kevin Durant, Anthony Davis, Curry, Kawhy, Harden, KAT e Grego? Ele é simplesmente incrível em muitos aspectos. Mas ele fere muito teu time, muito mesmo, em FG% e TO rate.

O time que tem Westbrook, precisa ser construído ao redor destas fraquezas dele. Primeiro, escolhendo uma das duas para ignorar e tentar pegar jogadores que são ótimos em outras coisas e ruins nesta. Por exemplo, Juntar Westbrook com DeMarcus Cousins ou LeBron James para primeira e segunda rodada do draft pode ser um boa alternativa. Ambos possuem um TO rate alto, mas são ótimos em outras categorias. Basicamente teu time pode ser todo feito pegando os maiores TO prone da liga. E por outro lado, tem que focar em compensar o FG% do Westbrook. CJ McCollum, Klay Thompson, Bradley Beal são jogadores com um usage rate bom e ótimos FG%. Além, obviamente de PF's e Center's que ancorem o FG%. Não caiam na armadilha de ignorar ambos stats (TO e FG%). Um dos dois tu vai ter que compensar obrigatoriamente.

O outro lado do espectro são jogadores que não aparecem, que são estranhos ou desengonçados, não tem tempo de quadra, mas que na verdade, com a oportunidade certa, seriam muito bons. Equalizando os stats de todos jogadores para 36 minutos por jogo, Lou Williams e Kyle O'Quinn seriam top 25 do fantasy. Obviamente, ao jogar 36 minutos por jogo, os adversários serão muito mais os titulares dos adversários e seus números tendem a cair um pouco. Mas vale a referência.

Lou Williams todos sabem que é. Eterno sexto homem da liga. Ele já tem uma role definida na vida, ser o cara que segura o time quando os titulares descançam. Na temporada passada ele jogou 81 jogos, com média de 24 minutos por jogo. O per/36 dele ficou em 25.6 pontos por jogo, 2.94 3pt, 3.66 reb, 4.33 ast, 1.44 stl com porcentagens e TO rate normais para a posição. É valor de 2nd/3th round num draft de fantasy.

Mas o mais incrível é o Kyle O'Quinn (PF/C do Knicks para quem não sabe quem é). Ele jogou 79 partidas das 82 dos Knicks na temporada passada. Com uma média de apenas 15.5 minutos. Extrapolando para 36 minutos, seus nros seriam: 14.5 ppg, 12.79 reb, 3.43 ast, 1.08 stl, 3.07 blk com 52% de FG e 77% de FT. Basicamaente um Rudy Gobert melhorado.

Uma lesão, um troca, uma mudança de treinador pode significar uma jóia aparecendo do nada. E uma das coisas mais importantes do fantasy é saber identificar estas oportunidades com antecedência e já fazer teu investimento. Muitas vezes, não são as quatro primeiras rodadas do draft que definem o campeão. Mas sim as rodadas entre 6 e 12, e como o manager age no mercado de jogadores FA durante a temporada.

Finalizando, Brandon Ingram (comparado a KD no draft do ano passado), Jaylen Brown eram jogadores com talento e muito potencial. Mas para ficar lá nas quadras de basquete. No fantasy, foram muito mais problema do que solução para quem os draftou. Malcolm Brogdon, o cara que ninguém sabia quem era, tinha desde sua escolha no draft uma clara oportunidade num Bucks sem PG titular. Por mais que o Giannis fosse o PG real, a oportunidade de ter muitos minutos, mais a experiência de ter jogador 4 anos do universitário davam uma boa vantagem sobre Ingram e Brown. A longo prazo, estes dois devem ser melhores jogadores. Talvez seja All-Stars, coisa que o Brogdon nunca será. Mas para a temporada 16-17 do fantasy, Brogdon foi infinitamente melhor. Prestem atenção nas oportunidades.


Vicente Ferreira
Vicente Ferreira
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Oportunidade x Talento no fantasy basketball Empty Re: Oportunidade x Talento no fantasy basketball

25/8/2017, 17:33
Psicopinto escreveu:Um erro recorrente entre managers de fantasy é se basear muito no que assistem na TV/Youtube/etc na hora de escolher um jogador no draft, e esquecer de avaliar qual será a oportunidade destes jogadores de realmente contribuírem para os números do teu time. Fantasy não é basquete, fantasy é um jogo de números. Quem acumula nros melhores, ganha. Pura e simplesmente isso.

Não há espaço para mecânica de arremesso, jogo de pés, atletismo, enterradas, clutch plays. Isso não faz número. Rookies geralmente não tem tempo de quadra suficiente, por mais talentosos que sejam. E só devem ser considerados em casos muito específicos onde claramente ele já entra como titular (Lonzo Ball, Fultz). Ou para investimento no futuro no caso de ligas do tipo dinastia. Sabendo que ele não será útil na primeira, e muito possivelmente na segunda temporada.

O stat mais importante neste estágio (montar o time) é tempo de quadra. Seguido de entender a role do jogador no time.

Tempo de quadra: Menos de 28 minutos por jogo, já começa a ser uma preocupação. Ao menos para os 10 melhores jogadores do teu time numa liga de tamanho médio (12~16 times). Este cara é geralmente um titular, ou um sexto homem muito ativo. Mesmo no Spurs. São raríssimos os casos de jogadores com mais de 28 minutos em quadra que não valem a pena draftar. Da temporada passada, eu colocaria Brandon Ingram e Somolon Hill como exemplos.

Role: Entender qual será o papel do jogador no time te salva de algumas armadilhas. Dellavedova foi por boa parte da temporada passada titular com bom tempo de quadra nos Bucks. Mas não passava de um PG backup do grego com algum potencial defensivo. Embora possa ser importante para o time na vida real, para fantasy este tipo de jogador contribui muito pouco. Ainda assim, com mais de 28 minutos em quadra, ele vai te dar aquela 1 stl e 3 assistências por jogo que podem fazer o diferença no final de um matchup.

O exemplo mais claro de oq tu vê na TV que não se traduz exatamente para o fantasy é o Westbrook MVP incontestável da temporada passada. PELO AMOR DE DEUS, jamais diria que ele é ruim para fantasy. É ótimo, primeiro round de draft com certeza. Mas não é top 5. Como isso? Como ele pode estar atrás de Kevin Durant, Anthony Davis, Curry, Kawhy, Harden, KAT e Grego? Ele é simplesmente incrível em muitos aspectos. Mas ele fere muito teu time, muito mesmo, em FG% e TO rate.

O time que tem Westbrook, precisa ser construído ao redor destas fraquezas dele. Primeiro, escolhendo uma das duas para ignorar e tentar pegar jogadores que são ótimos em outras coisas e ruins nesta. Por exemplo, Juntar Westbrook com DeMarcus Cousins ou LeBron James para primeira e segunda rodada do draft pode ser um boa alternativa. Ambos possuem um TO rate alto, mas são ótimos em outras categorias. Basicamente teu time pode ser todo feito pegando os maiores TO prone da liga. E por outro lado, tem que focar em compensar o FG% do Westbrook. CJ McCollum, Klay Thompson, Bradley Beal são jogadores com um usage rate bom e ótimos FG%. Além, obviamente de PF's e Center's que ancorem o FG%. Não caiam na armadilha de ignorar ambos stats (TO e FG%). Um dos dois tu vai ter que compensar obrigatoriamente.

O outro lado do espectro são jogadores que não aparecem, que são estranhos ou desengonçados, não tem tempo de quadra, mas que na verdade, com a oportunidade certa, seriam muito bons. Equalizando os stats de todos jogadores para 36 minutos por jogo, Lou Williams e Kyle O'Quinn seriam top 25 do fantasy. Obviamente, ao jogar 36 minutos por jogo, os adversários serão muito mais os titulares dos adversários e seus números tendem a cair um pouco. Mas vale a referência.

Lou Williams todos sabem que é. Eterno sexto homem da liga. Ele já tem uma role definida na vida, ser o cara que segura o time quando os titulares descançam. Na temporada passada ele jogou 81 jogos, com média de 24 minutos por jogo. O per/36 dele ficou em 25.6 pontos por jogo, 2.94 3pt, 3.66 reb, 4.33 ast, 1.44 stl com porcentagens e TO rate normais para a posição. É valor de 2nd/3th round num draft de fantasy.

Mas o mais incrível é o Kyle O'Quinn (PF/C do Knicks para quem não sabe quem é). Ele jogou 79 partidas das 82 dos Knicks na temporada passada. Com uma média de apenas 15.5 minutos. Extrapolando para 36 minutos, seus nros seriam: 14.5 ppg, 12.79 reb, 3.43 ast, 1.08 stl, 3.07 blk com 52% de FG e 77% de FT. Basicamaente um Rudy Gobert melhorado.

Uma lesão, um troca, uma mudança de treinador pode significar uma jóia aparecendo do nada. E uma das coisas mais importantes do fantasy é saber identificar estas oportunidades com antecedência e já fazer teu investimento. Muitas vezes, não são as quatro primeiras rodadas do draft que definem o campeão. Mas sim as rodadas entre 6 e 12, e como o manager age no mercado de jogadores FA durante a temporada.

Finalizando, Brandon Ingram (comparado a KD no draft do ano passado), Jaylen Brown eram jogadores com talento e muito potencial. Mas para ficar lá nas quadras de basquete. No fantasy, foram muito mais problema do que solução para quem os draftou. Malcolm Brogdon, o cara que ninguém sabia quem era, tinha desde sua escolha no draft uma clara oportunidade num Bucks sem PG titular. Por mais que o Giannis fosse o PG real, a oportunidade de ter muitos minutos, mais a experiência de ter jogador 4 anos do universitário davam uma boa vantagem sobre Ingram e Brown. A longo prazo, estes dois devem ser melhores jogadores. Talvez seja All-Stars, coisa que o Brogdon nunca será. Mas para a temporada 16-17 do fantasy, Brogdon foi infinitamente melhor. Prestem atenção nas oportunidades.

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